27 de abril de 2019

O mundo é um moinho

Essa coisa de falar tudo que pensa e ser honesto sobre o que sente é lindo na teoria. Ser direto no que quer para que as pessoas não se deem ao trabalho de adivinhar é lindo, mas não funciona. Ao menos não comigo.
Se é para citar frases clichês, sou adepta da que diz que o silêncio é o melhor remédio. Se preciso de ajuda ou algo me incomoda, vou me afastar, me isolar e guardar minhas insatisfações para mim.
Acredito que quem se importa de verdade, vai refazer seus passos para entender onde me magoou ou vai pegar os meus sinais de pedido de ajuda. Quem me conhece suficientemente bem, vai sim se dar ao trabalho de tentar descobrir o que tem de errado, não aceitará o meu "estou bem" e fará de tudo para me fazer melhorar.
Entenda, tem coisas que não vão melhorar. Só que uma palavra de conforto, um abraço e um ombro para chorar é tudo que preciso para me sentir  acolhida e amada. Acho que a maior questão aqui é o individualismo e solidão.
Acontece que as pessoas não se importam. Todas as minhas lutas não são vistas e minhas dores passam despercebidas. E eu juro que estou tentando me virar sozinha e fazer tudo cicatrizar, mas a cada semana que passa, as feridas se abrem com ainda mais profundidade. Tudo é sempre tão melancólico e cansativo...