1 de agosto de 2018

A amiga da amiga

Já mencionei aqui que a vida tem um cruel senso de humor? Provavelmente sim. 
Recentemente terminei um relacionamento de quase cinco anos, puramente por não estar mais dando certo. Ponto. Por hora, não pretendo me aprofundar tanto nesse assunto. Com o término, obviamente outros laços foram quebrados. Principalmente com amigos em comum que o conhecem há muito tempo do que a mim. Uma pena, mas aconteceu. Alguns se afastaram e ainda mandam uma mensagem qualquer de vez em quando. Outros pouco se importaram e provavelmente só irão dizer "poxa, que pena" se um dia nos encontrarmos casualmente pela rua.
O fato é que essa história toda me fez refletir sobre meu circulo social e claro, com minha super autoestima, criar uma nova paranoia que pode ou não ser real.
Calma, vou explicar e vai fazer sentido.
Digamos que tenho apenas uma pessoa de confiança ao meu dispor e contente em me convidar para sair. Essa pessoa tem sua própria galera e é claro, tentou me incluir. Acontece que nesse meio, eu sou a desconhecida. Claro que entre uma cerveja e outra, compartilhamos histórias, risadas e planos, mas nunca deixo de achar que estou sendo apenas "tolerada" por ser amiga da primeira pessoa que citei. Fez sentido? Basicamente, sou a amiga da amiga. Pouco importante e não merecedora de uma amizade duradoura.
Digamos agora que tenho outros amigos dos "velhos tempos" ou, do meu eu antes do relacionamento duradouro. Cada um seguiu seu caminho e, apesar de nos falarmos vez ou outra, não tenho mais a intimidade de convida-los para sair. 
Preste atenção, não estou fazendo drama. Eu tentei. Me senti igualmente ignorada. 
Curiosamente, os dias de maior angústia e melancolia são os finais de semana, porque sei que não terei para onde ir, ou com quem rir. 
Para você ter ideia, caro leitor, estou escrevendo todo esse desabafo puramente por não ter com quem conversar.
Por não saber a quem procurar.
Por medo de tentar e ser apenas mais uma amiga da amiga.