30 de janeiro de 2025

Hag


Your eyes they have this glowingYou were more than I deserveAfter all our shame and sufferingI turned my back to everything I really wantAnd put you first
Are we really in love, completely in loveGet mention and make your skin start to crawlStarted off living in BrooklynIt unfolded like a dreamDazzled by the very thought of itLike the way dreams are supposed to be
If I'm not what's to comeI will sleep with itI will carry them onAnd we will lose in the endOnly start the whole pattern over againOver again
Are you truly in love, absolutely in loveYou're happy enoughAre you fully in loveIf I'm not the point in carrying onWhy spend half the time indifferentAnd the other half loneI will live with my regretsLearn from mistakes and be done with themStart the whole thingStart the whole thing over again

14 de janeiro de 2025

Drogas

Meu olho tem tremido à beça.

Hoje, enquanto você estava fora, lidando com o desafio de contar a notícia para a sua família, eu cozinhei para mim, assisti vídeos que gosto e chorei.

Pensei em começar a organizar as coisas para a mudança. Ao menos uma parte. Mas não consegui.

Quando abri o guarda-roupas e olhei as malas, desabei pelo que parecer ser a milésima vez só nessa semana. Perguntas como: QUE PORRA VOCÊ ESTÁ FAZENDO DA SUA VIDA, ecoam na minha cabeça em looping e eu simplesmente não consigo calar todas as vozes.

Acontece que essas mesmas vozes ficam quietas durante o dia, quando minha mente está limpa e consigo pensar com clareza. Sim, eu sei que está ficando batido dizer que as noites são difíceis. Mas, não sei viver de outra forma se não colocando a bagunça da minha mente em palavras idiotas em uma página do Word.

Eu sei que vai melhorar e essa dor vai passar. Para isso acontecer, no entanto, eu preciso começar a me organizar. A mudança vai acontecer e isso é um fato. Outro fato é que só de pensar em me mexer fico com vontade de me enfiar debaixo das cobertas e esperar por seu abraço quentinho.

Por que tudo é tão mais fácil quando estou no calor dos seus braços?

Por que é que só encontro abrigo no seu peito?

Que inferno! Eu odeio ser tão dependente assim.

Só queria que os dias passassem mais rápido para essa dor desaparecer de uma vez. Ou que o tempo parasse agora que estou decidida a ficar aqui, no nosso lar.

Queria tantas coisas...

10 de janeiro de 2025

Decisões

 A vida têm sido uma montanha-russa esquisita e muito cruel.

Pela manhã, eu acordo certa de muitas coisas, com decisões tomadas e com metas claras para viver o dia da melhor forma possível.

À tarde, eu me frustro por não ter executado nem metade das coisas planejadas e me perco em futilidades, procrastinando ou remoendo as intercorrências da vida.

Mas a noite... A noite é quando o bicho pega. Eu sinto a desesperança e solidão rastejando por toda minha pele, pinicando e provocando náuseas. É nesse momento que me pergunto como pude ser tão estúpida em achar que daria conta de viver assim, sozinha. Como pude jogar fora algo tão especial.

Sim, havia problemas. E sim, lá pela manhã, eu sabia o que era melhor para mim. À noite, por outro lado, quando a casa fica silenciosa demais e meus pensamentos gritam, percebo que a minha versão de mais cedo não sabia tão bem o que enfrentaria pela frente.

Eu tento pensar racionalmente e viver focando no depois, na hora em que o sol vai nascer e levar embora toda essa angústia. Mas o relógio parece discordar e têm trabalhado em modo lento, levando tempo demais em cada segundo.

Montanha-russa cruel.

1 de janeiro de 2025

Fim de tarde

Se você estivesse aqui, estaríamos, provavelmente, fazendo a nossa caminhada do pôr do sol.

Quando eu era criança, gostava de chegar da praia quando sol já estava quase indo embora, tomar um banho e comer um lanchinho da tarde enquanto minha mãe tentava, desesperadamente, desembaraçar meu cabelo.

Um pouco mais tarde, na adolescência, eu gostava de voltar para a praia depois do banho, só para ver o entardecer ali, bem pertinho do mar. Era um momento de reflexão (ou para espreitar meninos bonitos que pudessem achar poético uma garota introspectiva). Spoiler: ninguém nunca reparou porque eu era patética.

Já na fase adulta, nunca me prendi a costumes de final de tarde. Normalmente eu estava cansada demais para fazer qualquer coisa que exigisse as minhas pernas ou estava socializando com outras pessoas. Isso quando não me ausentava para tirar um bom e velho cochilo.

Até você chegar.

Quando você começou a frequentar a Ilha, queria te mostrar cada coisa ajudaram a tornar esse o melhor lugar do mundo para mim. O chalé azul. A lagoa da Coca-Cola. A ponte caída. A sorveteria. O mar pequeno.

E a cada caminhada, conversávamos sobre amenidades, fofocávamos sobre a vida dos outros participantes da viagem e até discutíamos sobre planos de morar aqui. Sempre com risadas e muito amor.

Como um casal de aposentados que aproveita, genuinamente, a companhia um do outro.

Nesse exato momento, estou assistindo ao pôr do sol do quintal, sem a menor coragem de sair para explorar sozinha. Não tem graça sem você. Se eu insistisse, tenho quase certeza de que viraria uma lenda urbana denominada “Chorona do Fim de Tarde” e isso sim seria tremendamente patético.

Você ajudou a tornar esse lugar ainda mais especial do que era. Por mais que eu ame cada fase do fim de tarde, arrisco dizer que as nossas caminhadas se tornaram a minha favorita.

Queria que estivesse aqui.