Se você estivesse aqui, estaríamos, provavelmente, fazendo a nossa caminhada do pôr do sol.
Quando
eu era criança, gostava de chegar da praia quando sol já estava quase indo
embora, tomar um banho e comer um lanchinho da tarde enquanto minha mãe tentava, desesperadamente, desembaraçar meu cabelo.
Um
pouco mais tarde, na adolescência, eu gostava de voltar para a praia depois do
banho, só para ver o entardecer ali, bem pertinho do mar. Era um momento de
reflexão (ou para espreitar meninos bonitos que pudessem achar poético uma
garota introspectiva). Spoiler: ninguém nunca reparou porque eu era patética.
Já
na fase adulta, nunca me prendi a costumes de final de tarde. Normalmente eu
estava cansada demais para fazer qualquer coisa que exigisse as minhas pernas
ou estava socializando com outras pessoas. Isso quando não me ausentava para
tirar um bom e velho cochilo.
Até
você chegar.
Quando
você começou a frequentar a Ilha, queria te mostrar cada coisa ajudaram a tornar
esse o melhor lugar do mundo para mim. O chalé azul. A lagoa da Coca-Cola. A ponte
caída. A sorveteria. O mar pequeno.
E a cada caminhada, conversávamos sobre amenidades, fofocávamos sobre a vida dos outros participantes da viagem e até discutíamos sobre planos de morar aqui. Sempre com risadas e muito amor.
Como um casal de aposentados que aproveita, genuinamente, a companhia um do outro.
Nesse
exato momento, estou assistindo ao pôr do sol do quintal, sem a menor coragem
de sair para explorar sozinha. Não tem graça sem você. Se eu insistisse, tenho quase certeza de que viraria uma lenda urbana denominada “Chorona do Fim de Tarde” e isso sim
seria tremendamente patético.
Você
ajudou a tornar esse lugar ainda mais especial do que era. Por mais que eu ame cada fase do fim de tarde, arrisco dizer que as nossas caminhadas se tornaram a
minha favorita.
Queria
que estivesse aqui.
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