Me questionaram o motivo de sentir tanta ansiedade quando converso sobre a minha escrita.
Insegurança? Vergonha? Medo?
Acho que um pouco de tudo, na verdade.
Hoje, durante o banho, refleti sobre essa pergunta e cheguei a uma conclusão óbvia - que sempre esteve muito clara, mas que nunca elaborei para externalizar.
Para mim, ter pessoas lendo as minhas palavras é como se eu permitisse que estranhos se sentassem dentro da minha cabeça e enxergassem minha intimidade sem restrições. E, porra, a minha mente é uma bagunça! Como diabos vou organizar minhas ideias para receber pessoas se nem eu mesma consigo entender grande parte delas?
Para além disso, eu sou ciumenta pra caramba com as minhas coisas. São as minhas palavras, a minha mente. A minha bagunça! Tenho pavor de abrir essas ideias e o leitor não compreender a dimensão de cada uma delas, entende?
E sim, eu tenho noção da insignificância dos meus textos, da minha obra. Contudo, quando a interpretação se encaixa, sei que é capaz de bagunçar certezas, tipo um estopim na mente de quem lê.
Pequeno, mas capaz de formar mundos...
Algo como poeira espacial.