5 de janeiro de 2021

Vinte e seis

Minha vida sempre foi regida sob ansiedade e planos para o futuro. Por ser criar metas e sonhos sobre quem eu queria ser, muitas vezes deixei de aproveitar o presente. Na verdade, arrisco dizer que não sei, de fato, viver no presente sem me preocupar com o que virá amanhã.

Evito beber demais com medo da ressaca. Não me permito gastar demais por saber que as contas do próximo mês serão altas. Nunca fiquei solteira por um longo período por insegurança de nunca encontrar alguém legal para dividir uma vida.

O ponto é que eu planejei cada passo até os 25 anos acreditando fielmente que nessa idade teria todas as coisas que sempre sonhei: o corpo lindo, cabelo incrível, carro novo, apartamento, emprego estável e um passaporte cheio de carimbos. Acontece que os 25 chegaram e se foram num piscar de olhos e estou às vésperas dos 26 sem ter riscado nada da lista.

Nunca pensei que chegaria até aqui. Não tenho planos ou sonhos para os próximos anos e ainda não decidi se isso é bom ou ruim.

Sei que o que conquistei até agora, é muito mais do que posso assimilar. De todos os devaneios até aqui, sinto que o que vivo hoje é onde deveria estar. Então, estou ansiosa para saber o que me espera pela frente.

Minha nova meta é criar planos anuais. No próximo ano, quando estiver com os pés nos 27, vou poder olhar para trás, entender o que pude realizar e agradecer com carinho tudo que vivi. 

Até lá, vou tentar viver um dia de cada vez, aproveitar minha própria companhia, reclamar menos e tentar ser a minha melhor versão.  

Que venha os 26!


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